Muitos críticos da Igreja dos Santos dos Últimos Dias identificam a história das 116 páginas perdidas do manuscrito original do Livro de Mórmon (LDM) como prova da fraude de Joseph Smith. Martin Harris, o escriba de Joseph, foi roubado das primeiras 116 páginas do LDM ao guardá-las em sua casa. Críticos dizem que isso foi uma prova da abilidade profética de Joseph, e ele falhou a prova porque não poderia traduzir de novo as mesmas 116 páginas roubadas. Joseph, no prefácio da primeira ediҫão do LDM, disse que o Senhor mandou-o não traduzir de novo as 116 páginas que foram roubados de Martin Harris porque houvem pessoas que iam alterar o texto original para produzir evidência falsa de sua fraude, mas esta explicaҫão não satisfaz os que não crêem no chamado profético de Joseph Smith.
Há vários problemas com este criticismo que serão discutidos logo. Depois de uma examinaҫão mais profunda, é possível que a história da perda das 116 páginas do LDM possa dar mais credibilidade à afirmaҫão que Joseph tinha poderes divinas, dando-o a abilidade traduzir um registro antigo. A história das 116 páginas perdidas podem aumentar a fé em Joseph Smith pelas razões seguintes:
- Joseph Smith não tinha um manuscrito de que ele foi ditando: Reconhecendo o gênio do LDM e a ignorância de Joseph, muitos teorizam que Joseph roubou um manuscrito de alguém muito mais inteligente, como Solomon Spaulding (ver https://www.lds.org/topics/spaulding-manuscript?lang=eng for a detailed history of the theory) ou Sydney Rigdon. Também teorizam que ele escreveu as páginas por si mesmo e depois fingiu ditar de um registro antigo ao ser escondido dos escribas. Se Joseph foi usando um manuscrito de qualquer outra fonte, ele teria a capacidade reproduzir as mesmas 116 páginas para provar seu chamado profético.
2. Se Joseph reproduziu as páginas perdidas, os críticos nao seriam satisfeitos: Reproduzindo as 116 páginas tão facilmente iam dar muito mais muniҫão as teorias que alguém além de Joseph Smith escreveu o LDM. Quando visto desta perspectiva, os que afirmam que Joseph não podia ter escrito o LDM por causa de suas abilidades acadêmicas limitadas tem dificuldades explicando porque Joseph ditou o manuscrito a um escriba e depois recusou produzí-las de novo.
3. Joseph não recebeu ajuda de seus escribas em criar o LDM: Depois da perda das 116 páginas, Joseph mudou escribas, escolhendo Olive Cowdery em vez de continuar a usar Martin Harris. A facilidade de mudar escribas sugere que os escribas não tinham parte ningúm no processo creativo de fabricar o LDM, e também apoia as afirmaҫões de Joseph e várias testemunhas que ele ditou o LDM por si mesmo sem ajuda dos outros. Oliver Cowdery e Martin Harris foram afastados da igreja algúm tempo depois do estabelecimento da igreja, que seria a oportunidade perfeita revelar a natureza verdadeira do processo da traduҫão falsa. Eles não fizeram isto, sugerindo que o que eles testemunharam durante o processo de traduҫão—que Joseph ditou hora após hora e dia após dia sem ajuda dos manuscritos—de verdade aconteceu.
4. Joseph não foi educado e precisava ajuda dos escribas para escrever. Se os críticos da Igreja dos Santos do Últimos Dias querem ganhar o argumento que o LDM foi uma produҫão da imaginaҫão de Joseph, eles também tem que conceder que ele tinha uma mente creativa e brilhante, tendo capacidade de decorar porҫões das escrituras extensas, e foi um leitor de uma grande colecҫão de livros que eles sugerem que ele tivesse lido antes de criar o LDM. Mesmo que tivesse grandes abilidades intelectuais, ele não tinha a abilidade suficiente para escrever o LDM por si mesmo. Faria muito mais sentido que se Joseph tivesse planejado por toda a sua vida para escrever um livro falso para ganhar dinheiro, que ele teria aprendido como escrever por si mesmo e evitar o risco de empregar muitos seguidores crédulos para imitar o processo de traduzir um registro antigo. É interesante que um homem supostamente tão brilhante como Joseph (e aparentamente com tanto tempo livre para ler) tivesse que contar com escribas para produzir seus escritos creativos. Depois de ter um escriba falhar por perder 116 páginas do manuscrito original, em vez de decidir continuar a fraude por si mesmo para evitar mais complicaҫões, ele decidiu empregar mais um escriba e ter um novo conjunto de complicaҫões.
5. Joseph continuou a traduzir o LDM do Livro de Mosías como ele teve um manuscrito de que ele foi ditando. Tem muita evidência para apoiar o facto que Joseph continuou ditando de onde ele parou a ditaҫão inicialmente até o fim do Livro de Moroni, e depois voltou ao início do LDM cronologicamente para produzir 1 Néfi até Palavras de Mormon (ver http://www.deseretnews.com/article/705384845/Scholars-Corner-The-stolen-chapters-of-Mosiah.html?pg=all). Isso quer dizer que se Joseph foi inventando o LDM, ele não tinha a abilidade voltar a o que ele ditou antes para revisar as detalhas de sua história e referir às detalhas mais tarde. Qualquer pessoa que escreveria um livro e perdiu o seu manuscrito ia pensar que seria mais fácil comeҫar o processo de novo do início do livro em vez de continuar onde parou e escrever o início depois, mas isto não foi o que Joseph fez. É mais interesante ao considerer que muitas escrituras de Mosías até o fim do LDM tem citaҫões exactas de eventos que aconteceram durante a época referida nas 116 páginas perdidas (compara-se Alma 36:22 e 1 Néfi 1:8. Alma 36 foi dito muito antes que Joseph voltasse a história de Leí e sua família em 1 Néfi, e ainda cita Leí exactamante em Alma 36). Isso aconteceu porque Joseph foi ditando as palavras de uma fonte além de sua mente propria, ou porque Joseph sabia antes que seria muito mais convincente se ele citasse escrituras encontradas em 1 Néfi no Livro de Alma e depois lembrar-se voltar a escrever a citaҫão quando ele comeҫou a traduҫão de 1 Néfi. Porém, Joseph provavelmente não tinha um manuscrito porque não produziu de novo as 116 páginas perdidas. Isso apoia a afirmaҫão que of LDM é uma traduҫão divina de um registro antigo.